Comunicado da Aliança Nacional, alusivo aos 35 anos de Angola como Estado independente.
Compatriotas:
Bill Clinton, ex-presidente norte-americano a quem coube o triste papel de desequilibrar o processo de obtenção da democracia em Angola, reconheceu na dominação uma prática detestável. Em visita ao nosso país em Agosto de 2009, Hillary Clinton não falou à oposição nem à instituições científicas e estudantis do nosso país, desnudando com o gesto diplomático o pensamento de Barack Obama, presidente dos poderosos Estados Unidos da América: Angola é um país ditatorial e sem formação!
Mário Soares, ex-estadista europeu de reputação consolidada, viu na cleptocracia uma prática do clã dominante em Angola. Bob Geldoff, activista irlandês corroborou posteriormente com palavras que adjectivam com repugnância o mesmo clã! Angola é um país gerido por ladrões! Lula da Silva, o popularíssimo ex-presidente do Brasil, no último semestre do seu mandato – 2010 - , afirmou que o governo tinha aprovado uma nova constituição! Ele, Lula da Silva, a governação e a nação angolana, sabem o que é a nova constituição! Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente brasileiro, numa atitude próxima do corrupto, sugeriu que a governação optasse pelo imposto, uma vez que sem esse ferramenta da economia, haveria o dado. Henrique Cardoso demonstrou que desconhecia a existência do tirado, um mecanismo muito em uso contra a nação angolana: A energia tirada, a saúde tirada, a educação tirada e sobretudo, a liberdade tirada! Mais impostos? Talvez para apoio a corrupção internacional. O ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, recusou-se a comentar as “eleições” de 2008 em Angola, endereçando recados claros à governação e à observação europeia. Infelizmente para a nação angolana, mais não foi feito
As relações com países fronteiriços já conheceram melhores dias e há dados que apontam a arrogância governamental como estando na base das hostilidades. As consequências sobram para a nação, envolvida no movimento entre e inter-
Estados.
Estado da nação: dividida e ameaçada.
Estado da governação: arrogante, descuidada e insegura.
Aproveitar a presença de Jacob Zuma, presidente da África do Sul, para anunciar uma atipicidade de mandato popular, foi infeliz e ajudou a manchar ainda mais a imagem do continente africano. Contudo, aproveitar a presença de Hillary Clinton para sugerir à nação, o declínio total da coerência na maior potencia militar do planeta, foi um desastre.
Estado da Nação: abusada.
Estado da governação: insustentável.
A injecção de meios financeiros nas praças internacionais em declínio, processos económicos e financeiros sem transparência, a doação ou empréstimos de fatias do território nacional, a atribuição de cidadania a estrangeiros, fora das competências constitucionais, sugerem o retorno ao totalitarismo.
Os serviços migratórios brasileiros informam: 65% dos refugiados africanos no Brasil, são na sua maioria, angolanos! a nação está em debandada, impelida pela governação.
Os comités de especialidade da governação, dividiram a nação: professores e médicos representam a presença dos tecnocratas do regime alemão de Adolph Hitler. Não pode haver segredo e zelo profissional no ensino, na saúde, nas telecomunicações, na família! Com tais técnicos, a confiança revela-se um erro perigoso.
Estado da nação: dividida.
Estado da governação: irresponsável.
Os mecanismos desencadeados para consolidar o retorno ao totalitarismo advertiram a nação para a extinção total dos partidos políticos e com estes, os próprios May Be Man. Caberá a nação reagir de acordo com as leis físicas e políticas.
Nelson Mandela, herói africano e ex-presidente da África do Sul, afirmou:
“Sempre é o opressor e não o oprimido, quem determina as formas de luta”.
A independência de qualquer Estado pode ser um bem em si mesmo, mas tal processo não desencadeia em absoluto a realização das nações. Para nós, povo angolano, a nação foi traída.
Estado da Nação: Atenta.
Estado da governação: Avisada.
Tal como no tempo da dominação externa, inviabilizada a convivência entre autóctones e invasores, somos chamados a conhecer as ferramentas de subjugação que atingem a vontade e auto-estima: Leis contra a segurança do Estado substituem as acções para a consolidação da nação; culto à personalidade, substitui acções de criação da autoridade baseada no consentimento e no respeito; os postos de trabalho em empresas de ponta, “são reserva de assinantes do cartão do partido”; a manipulação dos processos democráticos, substituem o mandato popular; arrogância, expropriação, desonra, injustiça, sonegação, delinquência e pilhagem resumem ao ignorante e ao ilustrado o projecto da nova dominação!
Jonas Savimbi, Holden Roberto, Mfulumpinga Landu Vitor, Ricardo de Melo, Adão da Silva e tantos outros, presentes!
Luanda, 11 de Novembro de 2010
O presidente da Aliança Nacional
Laurindo Neto