Dizem que… vox populli vox dei.
Não se diz mas convém saber que democracia não se compra na farmácia, em tabernas só existe alucinação e em igrejas, apenas alienação.
A voz de deus não é audível aos meus ouvidos e deixo essa percepção aos adestrados na crença.
Preocupa-me a luta dos que pretendem merecer o pão que comem, enfrentando a realidade de uma presença ditatorial que se desenha como fatalidade para nossa nação. Independência nacional, o que é e o que representa ao cidadão angolano? Ditadura o que é e o que representa para África?
Estou lembrado que duas questões foram atinadas por pessoas que sabem que democracia não se compra na farmácia. Uma:
- Quando acaba a independência?
Outra:
- A independência é para quantas pessoas?
Sobre a primeira, até mesmo um ditador como o Sr. José Eduardo dos Santos preferiu não possuir ouvidos de mercador e, em jeito de resposta imprópria de reprodução aqui, desenvolveu sua teoria como quis e pode, mas permanecendo longeva e ditatorialmente no exercício do poder.
Sobre a segunda reflexão, o assunto mudou de figura entre os figurões a quem a carapuça justamente assentou! Não responderam mas todos percebemos que a independência era propriedade dos bravos dos anos sessenta e seus rebentos.
O usufruto de uma independência coletiva ou individual, é necessário e indiscutível. Varia em função de cada processo, de cada povo ou pessoa singular, mas será sempre incontornável. Evidentemente, com todas as consequências que pode abarcar a passagem do tipo de responsabilidade em questão.
No caso de angola e dos angolanos, fruir os proventos económicos, sociais, culturais e outros, associar-se-iam a eliminação da torpeza racial que existiu e que jamais desapareceria sem a independência nacional, digam o que quiserem e quem quiser (podem chorar até os crocodilos).
Independência sim, senhoras e senhores!
Atenção, associar-se-iam, escrevi, porque tarda a acontecer!
Por quanto tempo e para quem?
É o dilema de angola, país caído em injustiça e discriminação, terra de violência e ganância desmedida, Estado Em Que A Ditadura E A Humilhação Prosperam. Falta muito pouco para os quarenta e oito anos da ditadura salazarista!
Ainda assim, faço questão de recordar: não se coloque no imaginário do jovem, do ignorante, do incauto e do desesperado, a questão temporal sobre a nossa independência. Ela saiu da cartola política internacional, com muito sangue e lágrimas entre nós, e é para ficar. Permanecerá como uma realidade imutável.
Para quem e para quantos, eis a questão! É assunto democrático e por tal reafirmo: Democracia não se busca na farmácia nem na taberna. Na igreja, muito menos.
Pressupõe luta e determinação inabaláveis, sem que se coloque em questão a cor da pele do subjugador. Nem a cor da pele nem as suas artimanhas.
A formação política que acredita possuir o exclusivo da sabedoria e da força, entende que a Independência Nacional é para os seus membros e para aqueles que concordam em merecer uma gamela sob a mesa do banquete e daí os restos aspergidos pelos seus bravos. Novidade?
A Conferência de Bandung visou a neocolonização e há relatos que apontam para a premonição quanto a repetição dos abusos governativos por parte das futuras autoridades. Premuniu mas não deu nome. As tropelias reclamadas contra o invasor colonial sucedem-se, aumentam de volume e práticas, tal como premunido.
Todavia, o facto de não podermos designar sob intelecto as subjugações em curso nos nossos territórios, com o termo neo-colonização, não nos priva o raciocínio, antes, impele-nos à responsabilidade da reflexão sobre nossas independências.
Designo de DOMINAÇÃO porque é de facto uma dominação que se segue a outra dominação.
Que fazer perante a Esta Outra Dominação?
Citarei para compreensão dos mais novos, António de Oliveira Salazar, ditador e subjugador português e da nossa nação também:
“…oposições, mesmo combinadas, mesmo simpáticas, mesmo amigas que discutem e votam contra por sistema, na expectativa de uma sucessão problemática, são filhas do passado: legitimadas ou explicáveis por concessões em vigor no passado, é impossível incorporá-las na nossa filosofia política.”
Acrescentaria mais tarde (ele, Salazar):
“Observando bem os acontecimentos políticos da europa no decurso destes últimos anos – acontecimentos tornados inevitáveis pela desordem destas engrenagens – pode-se afirmar que tudo aí gira em torno da preocupação dominante de encontrar um sistema que dê ao Poder Executivo a independência, a estabilidade e o prestígio e a força”
Retornando, o que fazer refletindo sobre às cábulas salazaristas?
À ditadura da triste Assembleia do Povo, surgiu a Assembleia Sem Dinheiro Para Publicar Os Actos Parlamentares;
À ditadura do proletariado substituiu a Não Realização De Eleições Por Falta De Condições;
À Lei Constitucional, substituiu a Constituição e com esta o início da prática salazarista da eliminação dos partidos políticos e da atribuição de um poder sem limites ao Poder Executivo (diríamos ao chefe do executivo).
Constatar que a Conferência de Bandung serviu grupos e não nações, constatar que a Independência nacional foi para alguns e que o modelo salazarista esteve sempre presente entre as nações ditas revolucionárias, obriga-nos a juízos de valor relativamente às nossas independências.
Barack Obama, o presidente (eleito) dos Estados Unidos, disse:
A América não pode fazer tudo…
Certo, senhor presidente eleito, mas ao menos procure a América não fazer besteira.
Os povos sob Outra Dominação necessitam desse discernimento, mesmo que não possam contar com o apoio norte-americano para alcançar a auto estima e usufruir da independência e cidadania plenas.
Todas as ditaduras africanas tiverem os Estados Unidos como apoio seguindo um simples princípio: se vendermos Coca-cola podemos “ditar” à vontade!
As nações unidas precisam de rever os seus Estatutos e os Estados que vão de encontro ao premunido em Bandung devem ser sancionados. A áfrica, continua na barbárie mesmo andando de Mercedes Benz e é por culpa do preconceito em relação aos africanos.
Os africanos precisam de continuar a sua revolução mas são travados pela corrupção dos sentidos em relação aos “terroristas”.
Resgatem uma certa moral a ocidente e nós adquiriremos a nossa responsabilidade e respeitabilidade.
Não se diz mas convém saber que democracia não se compra na farmácia, em tabernas só existe alucinação e em igrejas, apenas alienação.
A voz de deus não é audível aos meus ouvidos e deixo essa percepção aos adestrados na crença.
Preocupa-me a luta dos que pretendem merecer o pão que comem, enfrentando a realidade de uma presença ditatorial que se desenha como fatalidade para nossa nação. Independência nacional, o que é e o que representa ao cidadão angolano? Ditadura o que é e o que representa para África?
Estou lembrado que duas questões foram atinadas por pessoas que sabem que democracia não se compra na farmácia. Uma:
- Quando acaba a independência?
Outra:
- A independência é para quantas pessoas?
Sobre a primeira, até mesmo um ditador como o Sr. José Eduardo dos Santos preferiu não possuir ouvidos de mercador e, em jeito de resposta imprópria de reprodução aqui, desenvolveu sua teoria como quis e pode, mas permanecendo longeva e ditatorialmente no exercício do poder.
Sobre a segunda reflexão, o assunto mudou de figura entre os figurões a quem a carapuça justamente assentou! Não responderam mas todos percebemos que a independência era propriedade dos bravos dos anos sessenta e seus rebentos.
O usufruto de uma independência coletiva ou individual, é necessário e indiscutível. Varia em função de cada processo, de cada povo ou pessoa singular, mas será sempre incontornável. Evidentemente, com todas as consequências que pode abarcar a passagem do tipo de responsabilidade em questão.
No caso de angola e dos angolanos, fruir os proventos económicos, sociais, culturais e outros, associar-se-iam a eliminação da torpeza racial que existiu e que jamais desapareceria sem a independência nacional, digam o que quiserem e quem quiser (podem chorar até os crocodilos).
Independência sim, senhoras e senhores!
Atenção, associar-se-iam, escrevi, porque tarda a acontecer!
Por quanto tempo e para quem?
É o dilema de angola, país caído em injustiça e discriminação, terra de violência e ganância desmedida, Estado Em Que A Ditadura E A Humilhação Prosperam. Falta muito pouco para os quarenta e oito anos da ditadura salazarista!
Ainda assim, faço questão de recordar: não se coloque no imaginário do jovem, do ignorante, do incauto e do desesperado, a questão temporal sobre a nossa independência. Ela saiu da cartola política internacional, com muito sangue e lágrimas entre nós, e é para ficar. Permanecerá como uma realidade imutável.
Para quem e para quantos, eis a questão! É assunto democrático e por tal reafirmo: Democracia não se busca na farmácia nem na taberna. Na igreja, muito menos.
Pressupõe luta e determinação inabaláveis, sem que se coloque em questão a cor da pele do subjugador. Nem a cor da pele nem as suas artimanhas.
A formação política que acredita possuir o exclusivo da sabedoria e da força, entende que a Independência Nacional é para os seus membros e para aqueles que concordam em merecer uma gamela sob a mesa do banquete e daí os restos aspergidos pelos seus bravos. Novidade?
A Conferência de Bandung visou a neocolonização e há relatos que apontam para a premonição quanto a repetição dos abusos governativos por parte das futuras autoridades. Premuniu mas não deu nome. As tropelias reclamadas contra o invasor colonial sucedem-se, aumentam de volume e práticas, tal como premunido.
Todavia, o facto de não podermos designar sob intelecto as subjugações em curso nos nossos territórios, com o termo neo-colonização, não nos priva o raciocínio, antes, impele-nos à responsabilidade da reflexão sobre nossas independências.
Designo de DOMINAÇÃO porque é de facto uma dominação que se segue a outra dominação.
Que fazer perante a Esta Outra Dominação?
Citarei para compreensão dos mais novos, António de Oliveira Salazar, ditador e subjugador português e da nossa nação também:
“…oposições, mesmo combinadas, mesmo simpáticas, mesmo amigas que discutem e votam contra por sistema, na expectativa de uma sucessão problemática, são filhas do passado: legitimadas ou explicáveis por concessões em vigor no passado, é impossível incorporá-las na nossa filosofia política.”
Acrescentaria mais tarde (ele, Salazar):
“Observando bem os acontecimentos políticos da europa no decurso destes últimos anos – acontecimentos tornados inevitáveis pela desordem destas engrenagens – pode-se afirmar que tudo aí gira em torno da preocupação dominante de encontrar um sistema que dê ao Poder Executivo a independência, a estabilidade e o prestígio e a força”
Retornando, o que fazer refletindo sobre às cábulas salazaristas?
À ditadura da triste Assembleia do Povo, surgiu a Assembleia Sem Dinheiro Para Publicar Os Actos Parlamentares;
À ditadura do proletariado substituiu a Não Realização De Eleições Por Falta De Condições;
À Lei Constitucional, substituiu a Constituição e com esta o início da prática salazarista da eliminação dos partidos políticos e da atribuição de um poder sem limites ao Poder Executivo (diríamos ao chefe do executivo).
Constatar que a Conferência de Bandung serviu grupos e não nações, constatar que a Independência nacional foi para alguns e que o modelo salazarista esteve sempre presente entre as nações ditas revolucionárias, obriga-nos a juízos de valor relativamente às nossas independências.
Barack Obama, o presidente (eleito) dos Estados Unidos, disse:
A América não pode fazer tudo…
Certo, senhor presidente eleito, mas ao menos procure a América não fazer besteira.
Os povos sob Outra Dominação necessitam desse discernimento, mesmo que não possam contar com o apoio norte-americano para alcançar a auto estima e usufruir da independência e cidadania plenas.
Todas as ditaduras africanas tiverem os Estados Unidos como apoio seguindo um simples princípio: se vendermos Coca-cola podemos “ditar” à vontade!
As nações unidas precisam de rever os seus Estatutos e os Estados que vão de encontro ao premunido em Bandung devem ser sancionados. A áfrica, continua na barbárie mesmo andando de Mercedes Benz e é por culpa do preconceito em relação aos africanos.
Os africanos precisam de continuar a sua revolução mas são travados pela corrupção dos sentidos em relação aos “terroristas”.
Resgatem uma certa moral a ocidente e nós adquiriremos a nossa responsabilidade e respeitabilidade.