No
Bananal vivem os Ba Nanas em perfeito ajuntamento de acordo com os desígnios da
toda-poderosa gangue dos Su Inos, comandada por Por Ka Lhão, o su ino maior.
Sendo de sua superior e julgada excelente vontade a
disseminação da cultura su ina, não dão tréguas a qualquer laivo de
manifestação ba nana, herdada da fusão secular entre Bantexes e Lusexes,
sociedades já extintas.
Apesar do simples ajuntamento geral, os ba nanas são
subjugados por uma espécie de sociedade hierárquica,contendo Sol Dados, Sar
Gentos, Coro Néis e Ge Ne Rais.
Os Ge Ne Rais, tanto quanto os seus subalternos
serviam para garantir uma imagem democrática ao jogo de abandalhamento e
submissão em vigor, já que, apesar da sua escolha danosa e desastrosa, eram
genuínos Ba Nanas, logo, Ba Nanas Ge Ne Rais que emprestavam ao Su Íno Por
KaLhão um ar de representatividade democrática.
Era o que faltava no complexo jogo de parcerias entre
De Mocratas Norte Moldados e a gangue contumaz dos Su Inos.
Lograda a representatividade, foi só farrar! Farrar e
emporcalhar de forma generalizada, sob o lema, a Porcaria Prossegue.
Tal como durante o Carnaval da Vitória – com os meus
devidos respeitos ao autor - a farra era preenchida por aparelhagem da mais
alta fidelidade, com as iguarias, provenientes dos grandes areópagos ora
convertidos aos Su Inos, os subjugadores dos Ba Nanas e agora também fortes
disseminadores entre as economias falhadas e a moral arruinada.
Entre os Ba Nanas, surgiriam alguns tentando erguer a
coluna e a voz, perdendo tudo (coluna e voz) o que tinham. Até os Iska Riotes
que acreditavam poder desempenhar um jogo de sedução inteligente, acabaram
compreendendo que, ou adoptavam uma conversão genuína ou seria o regresso ao
antigo território lusex, entretanto com seus herdeiros também em debandada e
sem a capacidade para realizar os espectaculares milagres só conseguidos através
dos Su Inos entre ingénuos.
Por Ka Lhão era esquisito e refinado no jogo de
punições. Quem lhe resistisse levava a dobrar uma carga de material su ino até
se converter culturalmente, método aliás, aprendido com os seus novos parceiros
os Iska Riotes, especialistas em injunção cultural.
Passaram-se lustres e com os lustres, décadas.
Os Su Inos fizeram história.
Mais nada se ergue entre os Ba Nanas em termos de
volição. Com a cabeça baixa e sem qualquer auto estima, dobraram sob o hino do
Dia Do Silêncio em Abril.
Os Su Inos conseguiram a imposição da perspectiva maior,
ou seja, O Emporcalhamento Geral da População Banana, os tais que um dia se
julgaram diferentes dos demais entre a Organização Da Desorganização
Continental.
Recebei, em consolação, os pêsames de todo os humanos
sensíveis à pretensões humanoides.
Laurindo Neto – político angolano - em Luanda, 16 de
Abril de 2015