quinta-feira, 16 de abril de 2015

Bananal, a terra dos Ba Nanas

No Bananal vivem os Ba Nanas em perfeito ajuntamento de acordo com os desígnios da toda-poderosa gangue dos Su Inos, comandada por Por Ka Lhão, o su ino maior.


Sendo de sua superior e julgada excelente vontade a disseminação da cultura su ina, não dão tréguas a qualquer laivo de manifestação ba nana, herdada da fusão secular entre Bantexes e Lusexes, sociedades já extintas.


Apesar do simples ajuntamento geral, os ba nanas são subjugados por uma espécie de sociedade hierárquica,contendo Sol Dados, Sar Gentos, Coro Néis e Ge Ne Rais.

Os Ge Ne Rais, tanto quanto os seus subalternos serviam para garantir uma imagem democrática ao jogo de abandalhamento e submissão em vigor, já que, apesar da sua escolha danosa e desastrosa, eram genuínos Ba Nanas, logo, Ba Nanas Ge Ne Rais que emprestavam ao Su Íno Por KaLhão um ar de representatividade democrática.

Era o que faltava no complexo jogo de parcerias entre De Mocratas Norte Moldados e a gangue contumaz dos Su Inos.

Lograda a representatividade, foi só farrar! Farrar e emporcalhar de forma generalizada, sob o lema, a Porcaria Prossegue.

Tal como durante o Carnaval da Vitória – com os meus devidos respeitos ao autor - a farra era preenchida por aparelhagem da mais alta fidelidade, com as iguarias, provenientes dos grandes areópagos ora convertidos aos Su Inos, os subjugadores dos Ba Nanas e agora também fortes disseminadores entre as economias falhadas e a moral arruinada.

Entre os Ba Nanas, surgiriam alguns tentando erguer a coluna e a voz, perdendo tudo (coluna e voz) o que tinham. Até os Iska Riotes que acreditavam poder desempenhar um jogo de sedução inteligente, acabaram compreendendo que, ou adoptavam uma conversão genuína ou seria o regresso ao antigo território lusex, entretanto com seus herdeiros também em debandada e sem a capacidade para realizar os espectaculares milagres só conseguidos através dos Su Inos entre ingénuos.

Por Ka Lhão era esquisito e refinado no jogo de punições. Quem lhe resistisse levava a dobrar uma carga de material su ino até se converter culturalmente, método aliás, aprendido com os seus novos parceiros os Iska Riotes, especialistas em injunção cultural.

Passaram-se lustres e com os lustres, décadas.

Os Su Inos fizeram história.

Mais nada se ergue entre os Ba Nanas em termos de volição. Com a cabeça baixa e sem qualquer auto estima, dobraram sob o hino do Dia Do Silêncio em Abril.

Os Su Inos conseguiram a imposição da perspectiva maior, ou seja, O Emporcalhamento Geral da População Banana, os tais que um dia se julgaram diferentes dos demais entre a Organização Da Desorganização Continental.

Recebei, em consolação, os pêsames de todo os humanos sensíveis à pretensões humanoides.

Laurindo Neto – político angolano - em Luanda, 16 de Abril de 2015